Olá, brechozeiros! Como vocês já sabem, somos apaixonados por moda e história, afinal, brechós são a união perfeita entre essas duas áreas. E hoje, trouxemos uma breve história sobre a expansão da moda brasileira, com destaque nos Anos 90, década em que ocorreram mudanças significativas, que geram impacto até os dias atuais.

A expansão do setor têxtil e de vestuário no Brasil, no contexto da reabertura de mercado dos anos 1990, levou à necessidade de uma profissionalização da Moda Brasileira. Isso porque, com produtos importados começando a chegar ao Brasil, houve a necessidade de aprimorar a mão de obra nacional e criar uma identidade própria.

Ampliaram-se, então, os cursos livres e técnicos voltados ao processo industrial e, em especial, nasceram os cursos superiores voltados ao estilismo, como o pioneiro da Faculdade Santa Marcelina (1988), o da Universidade Anhembi Morumbi (1990) e o da UDESC (1996).

Xuxa em foto de divulgação

O Contexto da Moda Brasileira nos Anos 90

Até o início da década de 1990, o Brasil vendia a sua imagem já consagrada pelos versos de Garota de Ipanema, oferecendo ao mercado uma identidade de moda muito ligada à sua tropicalidade. Esse panorama muda com a globalização: os brasileiros começam a ter mais acesso à cultura internacional, a consumir e incorporar essas referências em seu dia a dia. Nessa época, o Jeanswear ganhou grande destaque por aqui, muito inspirado no universo Grunge, de Nirvana, que se espalhava pelo mundo. Deixando de ser uma peça básica e tomando o posto de vestuário de moda.

Apesar da crise gerada pelo Plano Collor, que causou o fechamento de mais de 800 empresas, marcas como a Animale, fundada em 1991 e a FARM, em 1997, obtiveram sucesso e foram fundamentais para fomentar o setor. Assim como outras marcas queridinhas, como Iódice e Le Lis Blanc, fundadas no fim dos anos 1980.

Luz na passarela!

Nessa época, o sucesso das marcas de moda dependia substancialmente de grandes eventos, que davam a elas visibilidade e reconhecimento. Por isso, o êxito internacional da moda brasileira também está atrelado, nos anos 1990, à criação dos precursores do São Paulo Fashion Week: o Phytoervas Fashion. Em 1994, o evento lançou estilistas como Glória Coelho, Alexandre Herchcovitch, Ronaldo Fraga e Walter Rodrigues. Em 1996, Paulo Borges finalizou sua parceria com a Phytoervas, assumindo uma nova identidade: Morumbi Fashion Week. O momento não poderia ser mais propício, holofotes internacionais se voltaram sobre supermodelos brasileiras, como Shirley Mallmann, Gisele Bündchen, Adriana Lima e Isabeli Fontana.

Além da ascensão das supermodelos, a criação das semanas de moda brasileiras gerou a profissionalização de diversas áreas no ramo, como jornalistas, agências e produtores. Com a comercialização da internet no fim do século XX, a comunicação internacional avançava cada vez mais.

Os eventos brasileiros serviam de vitrine para as grifes, e a grande atenção da mídia local à moda fazia com que nossas modelos e estilistas ganhassem atenção externa. Como consequência do que foi construído nos Anos 90, o jornal The New York Times considerou 2000 como o ano da moda brasileira. E, um ano depois, nasce o São Paulo Fashion Week.

Onde a Moda Brasileira Chegou?

Números estrondosos ilustram o cenário da moda brasileira atual: de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), somos a quinta maior indústria têxtil do mundo e o quarto maior produtor de jeans, chegando a produzir anualmente 8,9 bilhões de peças de vestuário.

Essa produção em altíssima escala é preocupante, e ressalta a importância de pensarmos em modos alternativos de consumo, como o slow fashion, movimento que se contrapõe à lógica fast da indústria. E, é claro, o consumo em brechós é uma ótima opção nesse quesito, pois traz um novo olhar sobre as peças de qualidade produzidas no passado.

Recorte de edição do jornal Folha de São Paulo

Relíquias da Moda Brasileira

Apesar das crises econômicas, os anos 90 foram um berço quentinho para a nova moda nacional. Nossa indústria, que antes se baseava na reprodução de modelos internacionais, passou a exportar uma identidade própria. E toda essa história acumulada você pode conferir aqui na loja, garimpamos peças originais que têm história para contar sobre nossa indústria brasileira: grifes como Dudalina, Farm, Le Lis Blanc, Animale, Cori, Iodice, Carina Duek, Seiki, Zoomp, dentre outras, revelam nosso tesouro nacional em peças duradouras e exclusivas, verdadeiras relíquias de luxo!

Depois de ler essa história incrível, não tem como não querer um pedacinho dela pra gente, né? E aqui você pode! Confira abaixo o nosso acervo de relíquias dessas marcas e outros tesouros, e aproveita essa oportunidade única para garantir o seu, e realizar o sonho de ser a própria Garota de Ipanema brachozeira!

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Meu nome é Felipe Fonseca, sou brechozeiro convicto e estudante de Moda e História. Pesquiso principalmente história da moda, da arte e da cultura LGBT+.