Olá, brechozeiros! Vocês já ouviram falar sobre slow fashion? Se você acompanha o nosso blog, com certeza já viu esse termo por aqui, e também o seu oposto: o fast fashion. Que tal conhecer um pouco mais sobre essa vertente mais consciente da moda? Vem comigo!

O que é o slow fashion?

Calma que a gente explica! O slow fashion, termo criado em 2004 pela escritora de moda inglesa Angela Murrills, é uma alternativa socioambiental fomentada atualmente no mundo da moda. É um movimento contrário ao fast fashion (sistema de fabricação em massa que prioriza o novo, sem levar em consideração os aspectos ambientais e sociais).

É fato que a indústria mainstream da moda necessita da produção em massa para se manter atualizada, em um tempo muito curto e a preços baixíssimos. E o objetivo é claro: fascinar o consumidor a comprar mais do que ele precisa. Mas, essa excessividade traz um malefício ao meio ambiente e aos trabalhadores da cadeia de produção. Lembra de como o fast fashion é o grande responsável pela poluição dos oceanos por microplásticos?

Sendo assim, a alternativa do slow fashion é uma revolução na indústria, que prioriza a diversidade, a tradição, a qualidade, a criatividade, a ética e o valor ao produto e ao meio ambiente. Apesar do termo relacionar ao “lento”, não é necessariamente um movimento que contrapõe a velocidade, é apenas uma quebra ao fast.

Razões para garimpar. 1: economizar dinheiro. 2: salvar o mundo!

O Slow Fashion e o Fashion Revolution

O slow fashion também é uma das vertentes do Fashion Revolution, um conceito e movimento que é composto por designers, estudantes, professores e consumidores de moda, e que objetiva a conscientização sobre o verdadeiro preço das roupas, a transparência na indústria, além de alternativas sustentáveis para o futuro da moda.

O movimento teve seu início após a queda do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, no dia 24 de abril de 2013. Ali operava ilegalmente uma fábrica, que mantinha mais de 5000 empregados, responsável pela produção das marcas ligadas ao grupo Benetton – H&M, The Children ‘s Place, Primark, Monsoon e Dressbarn. Deixando 2.500 mortos e aproximadamente 1.133 feridos, o desabamento é considerado até hoje uma das maiores tragédias no mundo da moda. Ele revelou não só o amplo descumprimento com normas básicas de segurança no país, mas também o lado obscuro da indústria da moda.

A partir desse momento, o Fashion Revolution foi responsável por trazer o tema à tona. Algumas das ações desenvolvidas por esse foram o movimento e campanha fotográfica “Quem Fez Minhas Roupas”, o desenvolvimento da Global Fashion Agenda e o Índice de Transparência da Moda. Todos esses movimentos contribuem para fazer uma moda mais limpa, transparente, ecológica e justa para os trabalhadores.

Desabamento do edifício Rana Plaza. Bangladesh, 24 de abril de 2013.

E Onde o Brechó se Encaixa nesse Movimento?

Sabemos que é muito tentador poder comprar peças de grandes estilistas em parcerias com cadeias de fast fashion, ou encontrar uma peça super inspirada em uma grande grife por um preço baratíssimo. Mas, você já parou para pensar por que essa peça é tão barata, e de qualidade tão inferior? “Qual a origem dessa roupa? De onde vem a matéria-prima? Quem confeccionou? Como é o processo de produção?” Essas são algumas perguntas que devemos fazer antes de tomar qualquer decisão de compra, entre outras atitudes simples que você confere nesse post sobre consumo consciente!

Além disso, você já reparou que muitas vezes andamos uniformizados? Por exemplo, muitas lojas de departamento vendem exatamente a mesma peça. De certa maneira, acabamos consumindo roupas com as mesmas referências, mesma estética, e muitas vezes dos mesmos lugares. Sem falar na massificação daquele produto, onde milhares de unidades da mesma peça são fabricadas, vendidas e, consequentemente, descartadas.

Muitas vezes entramos em uma zona de conforto e queremos ir de acordo com o estilo, mas, existe um jeito muito mais interessante de fazer isso, e é aí que entra o brechó (olá, brechozeiros)! Ele é uma das formas de slow fashion mais famosas atualmente e, pessoalmente, a minha favorita. O brechó é uma forma de compra consciente que nos permite adquirir peças que não são mais fabricadas, seja de coleções passadas ou até mesmo de décadas passadas. Além de atrair pessoas de todos os tipos de classes sociais e gostos, seja na busca de roupas sofisticadas ou peças de valor acessível. Além, é claro, da exclusividade. Que outro lugar poderia fornecer peças tão únicas? 

Por exemplo, aqui no Garimpário, é possível encontrar algumas peças super exclusivas, como o casaco vintage da Família Real Britânica que, inclusive, foi destaque na série Explosão Digital, da CNN Brasil, que o Garimpário fez parte (chique). Também é possível garantir uma peça vintage original de marcas como Yves Saint Laurent, Balmain ou Pierre Cardin. E também uma peça handmade única, como as roupas da coleção autoral Mine. Independente de qual for o seu gosto e o seu estilo, seja do básico ao maximalista, você vai encontrar peças incríveis em brechós.

Comprar em brechó é ressignificar peças, é dar um novo destino a elas. Isso, é slow fashion!

Salve o planeta, compre Vintage!
Se você se interessa por consumo consciente e quer mudar seus hábitos de consumo, clique aqui para conferir todos os nossos posts sobre o tema!

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Oie! Me chamo Beatriz Vieira, sou estudante de moda e brechozeira!